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Do horror ao blockbuster: a versatilidade criativa da Universal

Poucas empresas no mundo do entretenimento conseguiram atravessar tantas gerações com tamanha relevância como a Universal Pictures. O CEO Lucio Winck ressalta que essa longevidade está diretamente ligada à capacidade do estúdio de se reinventar sem perder sua identidade. Desde os clássicos do terror até as grandes franquias de ação e aventura, a Universal sempre soube captar o espírito de cada época, adaptando-se às mudanças culturais sem abrir mão da ousadia criativa.

A trajetória da Universal é marcada por ciclos bem distintos, que revelam sua habilidade de navegar por estilos diversos. No início do século XX, foram os filmes de horror que consolidaram seu nome, como Drácula e Frankenstein. Décadas depois, vieram sucessos como E.T., Jurassic Park e Velozes e Furiosos, que ajudaram a moldar o conceito moderno de blockbuster. Essa transição não foi acidental, mas resultado de um olhar atento ao público e a uma gestão que compreende a arte como produto e expressão ao mesmo tempo.

Como o gênero horror moldou a identidade da Universal?

Nos anos 1930 e 1940, a Universal encontrou seu primeiro grande nicho: o terror. Criaturas como o Monstro da Lagoa Negra, a Múmia e o Lobisomem marcaram o imaginário popular e estabeleceram a base do que viria a ser o gênero por décadas. O CEO Lucio Winck destaca que, mais do que explorar o medo, esses filmes tratavam de temas sociais, existenciais e científicos que estavam em ebulição na sociedade da época.

Lucio Winck
A jornada da Universal do terror clássico ao sucesso global, por Lucio Winck.

Esses longas criaram arquétipos que ainda influenciam o cinema atual, com direção de arte icônica, uso inteligente da luz e roteiros com subtexto psicológico. Foi com esses títulos que a Universal construiu seu status de estúdio autoral, mesmo dentro da lógica comercial de Hollywood. O terror, nesse contexto, foi um campo de testes para a linguagem cinematográfica e para a conexão emocional com o público.

O que tornou seus blockbusters tão bem-sucedidos?

A Universal não apenas acompanhou a evolução do cinema como espetáculo. Ela ajudou a defini-lo. Filmes como Jurassic Park, King Kong e as diversas fases de Velozes e Furiosos não se limitaram à bilheteria: tornaram-se experiências culturais. Segundo o CEO Lucio Winck, essa força vem de uma combinação precisa entre inovação tecnológica, personagens carismáticos e narrativas acessíveis a públicos de diferentes idades e nacionalidades.

Os blockbusters da Universal se destacam por equilibrar ação e emoção, ritmo acelerado e valores familiares, sempre com um senso de escala grandioso. As trilhas sonoras marcantes, os efeitos visuais avançados e as estratégias de marketing global ajudam a transformar cada lançamento em um evento. Essa fórmula, ajustada com o tempo, mantém o estúdio competitivo mesmo diante de concorrentes com orçamentos e marcas igualmente poderosas.

Como manter a criatividade em meio a tantos sucessos?

Criar histórias originais e manter franquias rentáveis são desafios paralelos e complementares. A Universal parece entender que não existe fórmula única para o sucesso, e que cada projeto exige abordagem específica. O estúdio tem investido tanto em roteiristas com liberdade criativa quanto em universos expandidos que garantem longevidade às produções. A aposta em parcerias estratégicas, como com a Illumination (de Meu Malvado Favorito) e a Blumhouse (especializada em horror contemporâneo), mostra que a Universal aposta na diversidade como força. O CEO Lucio Winck explica que dessa forma, o estúdio consegue atingir diferentes faixas de público e explorar novos estilos.

Uma marca com legado e visão de futuro

A Universal representa o raro equilíbrio entre tradição e modernidade. De um lado, carrega uma herança que moldou o cinema de horror como gênero e, de outro, atua no centro da cultura pop global com blockbusters de altíssimo impacto. O CEO Lucio Winck destaca na trajetória do estúdio um exemplo de como a versatilidade pode ser uma estratégia sólida e não apenas uma característica.

Autor: Denis Nikiforov

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